terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Aos Amigos secretos virtuais...

Dizer do tempo parece nostalgia diante do tempo que voa aos nossos olhos.
Tanta informação, tanto conhecimento em tempo record, sempre precisando de mais e mais tempo...
E foi pensando no tempo que senti vontade de registrar onze novos Nomes que acrescentaram alegria neste meu tempo de agora. Os AMIGOS SECRETOS VIRTUAIS...
O tempo passa e ficam os melhores perfumes em forma de saudade ou de presença. E hoje estou inebriada pelo perfume da bricadeira pura e da alegria de viver.
Busquei na minha infância os dias de pique pega, amarelinha, passa anel e as inesquecíveis cirandas de roda. Sorri .. Mas o sorriso não foi nostálgico, foi um sorriso comparativo, pois o tempo passou, vieram as obrigações, os medos, as incertezas, os erros e acertos e estamos aqui... brincando.
As brincadeiras continuam, mudaram de nome, de forma, distância... mas continuam para quem as permitem.
Minha imaginação colocou meus AMIGOS SECRETOS VIRTUAIS na ciranda da alegria. Sim, Virtuais. Mudou de nome e forma.
Esta brincadeira trouxe sorrisos na minha alma e onze amigos de lugares que ainda não conheci...
Onze nomes, Onze amigos, onze vidas, onze sorrisos...
Com que idade se brinca?
Com que idade imagina cantiga de roda?
Com quem fazemos amigos secretos?
Não existe idade ou com quem...Existe vida e vontade de partilhar alegrias.

Então eu pergunto a esta roda: Qual a sua idade  Jp Saura  John Niedzielski, Cidinha Carioca, Jane Di Lello, Kate Niedzielski, Cidinha Carvalho, Eliane Lopes, Ana Maria Fonseca, Joel Doeka Milão, Francisca Lima, Ana Maria Plaza, Lu Pereira ?

Aprendi nesta ciranda que dizer sim ao tempo das coisas Dizer sim ao coração nos deixam mais leves. E perceber que a brincadeira continua estimula meu coração de criança e me sinto mais confiante e crente na amizade, ou do simples ato de querer bem ao próximo.

E para voltar ao tempo, digo em tempo que brincar com vocês rejuveneceu meus dias.
E nos pedidos de novo ano o pedido certo... que a brincadeira continue...
Um abraço de alegria e contentamento a cada um ...
E sorriso por dizer... ESTOU AQUI.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Canção das mulheres


 Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

  Lya Luft