Mulher água diluída em gotas, essências da vida.
Mulher fogo, trepidar e brasa. No verão de agora.
Mulher cinza dos tempos de outrora. Dos invernos de rigor e glórias.
Mulher fênix que surge nestes dias entre os três e os trinta, formando seus trinta e três manifestos em ser “Mulher”.
Contesto os efeitos
contexto dos anos
danos da vida,
dona de mim...
Cultivo o gozo intenso do viver, pé na terra molhada e lambuzada de palavras escondidas e amassadas que reguei ontem.
Os dias que chegam como as paredes invisíveis e imaginárias, tiranos e belos.
Os contemplo nu... no vazio.
Quero tudo...
Quero dar chance aos meus ouvidos e minha sensibilidade neste imutável itinerário do seguir em frente.
Quero dizer a verdade sem atalhos.
Quero ser simples tentando ser bela aos meus olhos.
Quero ser interessante e singela, com direito a sorrisos e chinelas.
Quero degustar um bom vinho ao som de Jazz ou quem sabe aceitar aquele tango do convite que ainda não veio.
Quero café com leite quente, cama macia e colo.
E na essência dos três para não denunciar as madrugadas frias,
Quero colocar-me nua... observar, chamar, partir...
Tudo isso me compõe e me destrói.
Desprezo certas regras pacatas com confidências repetitivas.
Mas por querer buscar sempre o belo recomendo a mim mesma ter cautela.
Por isso, agora, eu adoro versos
Ladrilhos e desejos
Desarmada e intacta
tantas notas musicais em mim agora... nestes bem vindos trinta e três anos....
Juscélia Sousa