Fazemos de tudo para ficarmos fortes, invencíveis, como super-heróis. Mas somos mortais, expostos diariamente a perigos físicos e mentais, dos quais fazemos de tudo para esquecer.
Ao descobrir o poder da fragilidade, ao reconhecê-la dentro de nós, vivemos melhor. A intenção não é meramente saborear cada instante de existência, mas procurar a fenda pela qual podemos atingir a vulnerabilidade de cada um. Sendo frágeis, podemos renunciar às pretensões, deixar cair as máscaras que enfeitam nossos rostos e espíritos.
Com o outro, encontramos um terreno de contato fértil e absoluto, imprescindível na atividade artística e no amor. Em ambos há nudez, fragilidade, conexão – e cada um de nós por um momento indescritível, se torna divino.