domingo, 20 de fevereiro de 2011

Vilarejo

Imagino que o parabrisa inquieto durante a chuva severa na volta para casa possa indicar a tranquilidade e mostre que após a chuva chegue a merecida calmaria. Paletas do vai e vem constante e cada vez mais rápidos... A chuva que bate forte no vidro e no asfalto não trás a mesma alegria das primeiras chuvas de primavera, da chuva que bate na grama verde de Minas. Lá em Minas, no recanto bucólico onde a porteira avisa que é hora de preparar o novo café, devaneio de saudade no meio do trânsito caótico.
No ar gelado do dito conforto das quatro rodas, espero o trânsito fluir. O música de Marisa Monte incendeia minha alma e retira as tensões das luzes dos carros com medo da chuva à espera de passagem. Entre o sinal vermelho vendo o Amor passar lentamente, ele sempre passa no sinal vermelho, entre o laranja e o vermelho para ser mais precisa. É final do dia, cansaço, ruídos, sinalização com chuva, muita chuva, dúvidas, freio, casa, telefone, e só.
Aumento o volume e acompanho em voz doce a Marisa, "à um vilarejo ali onde areja um vento bom na varanda.... paraíso se mudou para lá.....
Os minutos passam, a chuva continua e percebo o desejo de ir ao Vilarejo de Marisa, então deixo a doce voz me levar......


Bem vindos ao meu Vilarejo de Sonhos






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O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Fernando Pessoa

Obrigada pela visita...