quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

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Definitivamente. Isto de estar nas mãos, entre os dedos. Uma provocação explícita ou desrespeito à ordem das coisas. Descer juntos, esperar quietos, o momento de começar e terminar. Torcer em silêncio para que se prolongue.
Por que os ponteiros de relógios são sempre mais apressados? Os segundos são tão ágeis, sacanas... Não aguardam!
Não querer que o tempo passe. Paralisado e disponível. Essa ansiedade, o desejo absurdo de instantes a mais.
Do que é belo aos olhos. Motivos de tantos sorrisos no canto da boca.
Acredito que beleza exige uma certa contemplação. Tempo, boa música...
O maior prazer tem chegado às pressas, em curtos trajetos. Não sobra tempo para a intimidade... pernas para o ar, roupa leve, cabelos molhados....
Vida que segue...
Juscélia Sousa

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O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Fernando Pessoa

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