terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Segredo


Dos segredos existentes nos crepúsculos dourados,
A doce angústia da distância rouba sutis sorrisos de contento nas frases calmas.
É música que toca constantemente na alma fértil.
E em segredos saudosos a tempestade tira a ordem das coisas,
Buscando dia na noite
Fogo em água
Tempo no dia findo.
Desordem por odes de alegria ou futuro, busca constante em permanecer perto, ver, ouvir, sentir...
És segredo
Segredo que dá nó na garganta seca
Tira sono e quer grito.
Grito mudo, que estilhaça armaduras
E rasga pele quando encontra a sua...
Gelo que derrete no vulcão guardado
Amacia voz da rouquidão adquirida
O fogo ativo no corpo, no segredo e em nós precisa esconder com o crepúsculo
E aguardar o novo pôr do sol...

Juscélia Sousa

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O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Fernando Pessoa

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