quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Asas ou flores?

Buscar significado na existência e nas conseqüências do ousar não levam a nada além do medo.
Medo de achar o trevo da sorte, ou o derramar do sangue. Qual o melhor? Não tem escolha. A própria escolha já trás em si as perdas e os ganhos. Ganha-se asas, perdem-se flores. 
Escolhe-se semear e colher flores e suas asas ardem por não nascer...
As asas sangram para conseguir espaço e criar força, respirar. E na dor as flores murcham e perdem o sentido por não ser regadas...outros caminhos, novos canteiros, outras escolhas dentro da escolha imposta.
Recomeçar ou deixar a vida correr seu fluxo de imposições dentro do pequeno espaço imposto dentro do buraco escuro das permissões possíveis. Dizer que permitir pode ser simples parece vago diante da ruptura do seu medo.  Foi transferido? Não.
Foi permitido carregar uma flor branca nas mãos enquanto suas asas sangram para ganhar as alturas...
Não tão simples...
Mas com vontade.


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O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Fernando Pessoa

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