terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Espera



No calor da hora castigada e involúvel
Torna o físico dependente do toque
No ensejo de saciar os murmúrios do coração
Minutos desesperados nos gomos da noite.
Languidez  à espera de céu.
Na química cercada e sentida
Sobreviventes do desejo mútuo
Não faz parar os arroubos febris.
Oferta farta no sorriso estampado
Como rocha em brasa recebendo brisa.
Vento terno que canta na pele seus detalhes.
Os enigmas presentes para a junção do ser.
Fogo, terra, ar , água e boca
Única, sentidos que permanecem
Toques a passear pele afora...
Energia duradoura e conquistada na contemplação e espera.
No encanto feito, no momento certo, revela em presença
O sorriso em ser “nós”. Indelével.



Juscélia Sousa

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O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Fernando Pessoa

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