sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

M e d o

Trancafiado medo no cofre lacrado de ordens.
Onde o branco é mais negro que a encruzilhada que nunca ultrapassei.

Olhos vermelhos da fúria desconhecida, porém sentida.
Ossos e cinzas das incertezas inventadas.

Nuvem de poeira no úmido pano branco das vontades.
Gafanhoto das liberdades tardias engarrafadas nos momentos de dor.

Nuvem de chuva que brinca ao tilintar do coração infantil, enquanto a broca negra
do amanhã cava longe a dor neutra do dia a dia.

Medo eterno, luz que brinca de pique esconde. 
Cores escuras, repetição do incerto, repudiando a brincadeira de roda da vida, 
que roda roda roda roda 
                                                                                                                roda roda roda roda roda roda roda ....................................................................................................................................................................
Juscélia Sousa

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O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Fernando Pessoa

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