Trêmulo corpo a tatear noite escura,
Busco em calor de mãos sua pele
Cheiro de pimenta, nada e ópio.
Perturbado medo, anseio seus braços.
Lânguido olhar a procura dos seus,
Lânguido olhar a procura dos seus,
Boca seca em fel, sangue em forma de mel
Fome que desnorteia em amargor de céu
Seja eu no instante de saciar o teu...
Onde estás? Porque te sinto...
Tão longe e tão perto
Palavras em forma de fogo
Trovoadas de sensações... sentes?
E a imaginação não dita
Flutua nas correntes de sangue quente
No turbilhão de magma que flutua dentro de mim.
Onde irei agora?
Juscélia Sousa
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O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Fernando Pessoa
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