quinta-feira, 17 de março de 2011

Olhar

Observo os olhares perdidos nas praças.
Já não esperam nada. E se esperam, esperam tropeçar no caminho não imaginado
Esperam o que não sonharam. Esperam a paixão que não aconteceu.
Os olhares, em seus ecos perdidos carregam dores dos dias passados.
Os olhares não tem foco
Já não tem direção
Os olhares perdidos da praça
já não temem o tempo
Já não temem a hora
Já não vangloriam das vitórias
e nem descrevem as derrotas.
Os olhares perdidos esperam apenas encontrar uma lua que iluminem seu "sol".

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O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Fernando Pessoa

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