domingo, 12 de setembro de 2010

sentir...

Não sei a diferença entre dor e procura... a dor da procura, a dor de encontrar, preencher e deixar ir. A dor completa o que é imperfeito, não pode ser perfeito, pode apenas tentar sentir perceber que é possível e ficar com a dor... a vida é feita de amor? Pq é preenchida de dor? Será o preenchimento descobrir a vontade de amar? Ou de proteger o que se diz seu e sentir sangrar o que não pertence  por ter o pertencente dito seu necessário de proteção? Então amar é deixar a dor tomar conta do ser, e de tanto doer, acostuma-se e não faz mais sentido não sentir dor. Deixar partir é forma de amar? Querer proteger é forma de amar? Querer  ficar é sinal de dor? Defina amor e dor? Não existe um sem o outro.... não consigo as palavras certas. Nem as quero mais...  se permitir sentir é estragar o que parecia perfeito, não quero permitir...
O que é simples? Se o mais simples “ver” torna insuportável não estar... compartilhar...
Egoísmo? Umbigo? .... revolta... apenas revolta...
Estou com dor... estou  com pétalas fechadas, amassadas, ainda não é hora de cair, mas já vi que o sol preenche mas também esconde quando a noite cai.  Vi, vivi, e quero muito ainda, mas dia após dia vejo que sorrisos machucam... encantam mais machucam, pq sorrir, se no final sempre haverá lágrimas?
Me esconder? Não... apenas esperar mais um dia... não vou esperar nem procurar por  um “ver” por onde passo. Apenas mais um dia...
Hoje eu não quero nada além de não me lembrar de nada que me faça doer... não quero lembrar... apenas  não sentir...   não tão simples.

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O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Fernando Pessoa

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