segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Quase



Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase!
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no Outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna.
A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “bom dia”, quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor.
Mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Para os erros há perdão, para os fracassos, chance, para os amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando…
Fazendo que planejando…
Vivendo que esperando…
Porque, embora quem quase mor
re esteja vivo, quem quase vive já morreu
Fernando Pessoa

Hoje eu chorei de alegria ao receber este email, Meu querido IRMÃO SILVÉRIO, me enviou este texto... meu amado, estou à porta e peço entrada... não nasci para o quase... preciso do seu abraço e do seu afeto, do seu sorriso e de nossas dores. 

Sou eu esta pequena na janela, com as mesmas flores que sempre carreguei por ti, rego meu coração nesta saudade tão longe e tão perto. Obrigada..... Te amo. ESTOU VIVA...

2 comentários:

Sandra Cajado disse...

Olá querida tudo bem?
Eu sou a sandra Cajado e fico imensamente feliz por ter meu link aqui no seu blog.
Seu cantinho é muito lindo viu.
Um beijo no coração!
Estou seguindo você!

Juscélia Sousa disse...

Obrigada pelo carinho. Um beijo no coração.

Postar um comentário

O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Fernando Pessoa

Obrigada pela visita...