quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A manhã

Acorda, a manhã nos brinda com a sua última hora 
Os sonho redobram os desejos 
Tuas mãos delicadas redefinem os teus seios 
E o sol sabe lá, enfim se lembrará de nós 

A distância é boa, nossas bocas ficam mudas
E um beijo nos lança, pro silêncio de tantas outras 
Teu sorriso é senão uma foto desfocada 
Que nos lembra um instante que não somos 

Acorda a manhã é longa e nos divide em dois 

Tua mãos pequenas tocam minha ausência 
É impossível a direção ds ruas sem entender nossos passos 
Já não há com quem lutar, se o mar não nos alcança 
E a hora tenta o passado 

A distância é boa, nossas bocas ficam mudas 
E um beijo nos lança, pro silêncio de tantas outras 
Teu sorriso é senão uma foto desfocada 
Que nos lembra um instante que não somos 
Acorda a manhã é longa e nos divide em dois


Nos braços de dois mil anos 
Eu nasci sem ter idade 
Sou casado, sou solteiro 
Sou baiano e estrangeiro 

Meu sangue é de gasolina 
Correndo não tenho mágoa 
Meu peito é de sal de fruta 
Fervendo num copo d' água

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O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Fernando Pessoa

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