quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dor...


Dor de saudade
Dor que esmaga
E faz querer  útero
Que aninha pedindo colo.

Dor que não tem jeito
Feita para sentir
Dos que permitiram amar
Sendo amados e perderam

A causa de fugir
Buscar alento nos pedaços deixados
No coração que derrama
Na lágrima cristalizada
No pulmão aberto,
Alma que chora.

Amor, dor, perda
Será perda ou ganho?
Perdi e ganhei
Perdi colo...
Ganhei eternidade
Em forma de saudade, não há como esquecer...

As formas permanentes da dor
Na flor regada que brotou
No abraço apertado
Sorriso estampado
Na benção de cada dia

Dor adquirida, carregada, sentida.
E quando além do meu Ser sinto o tocar de seus braços...
Abraça-me Mãe...

E no desvelo de suas mãos posso adormecer novamente
Certa do amor que toda filha desejou ter.
Minha eterna flor primeira
És minha flor, flor mundo, flor tudo... Mãe flor...
Lágrimas de amor...

Dois anos sem você...

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O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Fernando Pessoa

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